August 02, 2008

A pergunta necessária


Max Weber foi um pensador alemão. Sociólogo e Filósofo, autor cuja autoridade raras vezes é contestada. E, ainda assim, para contestar a Weber é preciso uma fundamentação profunda. Caso contrário não passa de um deslize verbal.

Num pequeno texto intitulado Ciência e Política - duas vocações, Weber diz que nas Universidades Alemãs, ou pelo menos as do seu tempo, era feita a seguinte pergunta aos que aspiravam uma carreira acadêmica:

"Você se julga capaz de ver, sem se desesperar ou amargurar, ano após ano, passar à sua frente mediocridade, após mediocridade?"

Weber continua: "evidente" que os canditados sempre dizem sim. Para em seguida constatar a tragédia de que só pouquíssimos candidatos "suportam aquela situação sem grande prejuízo para suas vidas íntimas".

Será mesmo necessária essa pergunta? E no Brasil qual seria a pergunta a ser feita, considerando que além da mediocridade, as condições de trabalho e os salários provocam os mais drásticos prejuízos, para os responsáveis pela educação das novas gerações de brasileiros?

Algo precisa ser perguntado, algo deve ser respondido.