September 09, 2008
Green Grass
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Otavio
Desanimada é a vida sem palavras, dor silenciosa.
"Quanto mais alegre a alegria, mais pura é a tristeza nela adormecida".
O poema, palavras dolorosas, doces, puras. Nem sintaxe nem semântica, nem alegrias no reino dessa distância que não conhece fronteiras. Vem dourada a luz da manhã anunciando o amanhã que virá.
O tempo vela a chegada da luz dourada. Tu piel de cerejeiras em flor. Tu boca de carmines tempranos, como la luz dorada de la mañana. Tu aliento de palavras puras, calmas, claras.
Escuto o rumor das tuas sílabas em intervalos calculados, armadilhas de sintaxes e névoas de sentidos dispersos. A linguagem quieta, calada, quase muda.