September 17, 2008

Laelia purpurata


Os olhos vagueiam sobre objetos, coisas, mundo.

Enquanto distraidamente passeiam, imagens imemoriais deslizam pelo corpo.

O senhor do universo marca o rítmo desses movimentos.

Na caverna profunda da linguagem
pedras brutas dos sentidos matinais.

Elas são pontes suspensas nesse abismo de
espaço aberto e profundo

Tempo de cores, flores, primaveras,
verdades das primeiras horas da manhã.

O silêncio, provável poema,
saga matinal de colorido primor.