June 10, 2009

A insustentável leveza


As primeiras horas da manhã deslizam as delicadas gotas sobre as folhas da grama. As primeiras horas ainda não são a realidade do dia. Esta só aparece depois que o sol anuncia sua luz soberba e total.

Penso nas palavras dos poetas e que poetas são palavras dizendo o mundo, além da realidade da luz soberba do sol. Penso na suave cor que brilha no sorriso da criança e no olho do lagarto azul.

A esfera rola pela escada e cai na piscina de mercúrio. É uma escultura no pátio de um museu em Barcelona. Uma luz suave e pertubadora invade a alma e o corpo. O tempo é de luz e enigmas coloridos, serpentes feitas de espantos e esperas.

O silêncio é oportuno. A argumento é insano. O desejo é sempre.