April 12, 2010

17 graus


Leopoldo Lugones

Si en mi tristeza repara
Tu implacable frialdad,
Me preguntas por quién lloro…
¡Por quién podría llorar!

Si contemplando una estrella,
Me abismo em mi soledad.
En quién pienso me preguntas…
¡En quién podría pensar!

Si en la alta noche dormido,
Me arranca quejas mi mal,
Me preguntas con quién sueño…
¡Con quién podría soñar!

Si mi hondo desasosiego,
Vagabundo me echa a andar,
A quién busco me preguntas…
¡A quién podría buscar!

Y cuando invoco la muerte,
Cansado ya de sufrir,
De qué muero me preguntas…
¡De qué podría morir!


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Lançada, a pedra a voa, repousa e
Sonolenta dorme.
A tua boca é loucura à toa.

Fico nesse vai e vem que ora volta, ora nem vai nem vem. Caminho respirando como manda o figurino, as pernas firmes e o sangue quente pelos exercícios do agir e do pensar. Penso em namorar com meus braços envolvendo teu corpo debaixo do ar ligado digitalmente a 17 graus. Já o suco está pronto bem cedo pela manhã e depois de sair ao vento penso logo em de novo te abraçar. Tudo isso bem mesmo antes das notícias frenéticas e dos inúteis desastres universais de rios e enchentes, distantes e insuficientes.

Nem quero saber de Virginia Woolf nem dos premios de Hollywood ou dos pianistas reconhecidos exibindo os noturnos de Chopin, por essa nem tão clara manhã. Só quero mesmo é voltar para os 17 graus que enrosca teu corpo ao meu, com um desejo de acordar só perto do meio dia. A criada cuida de tudo e paga as contas também. Tudo foi providenciado para não perder esse abraço que nos faz tanto bem.