March 28, 2010

In Natura



Mas que bobagem.
É assim que é possível te amar.
Abrindo tuas pernas e cheirando o teu sexo.
Sentindo teus sabores e lambendo a tua boca.

Ah, é porque não tomou banho ainda.
Que sinto esse cheiro azucre. Ocre azulado.
Ainda lavado com o sabão
Da Natura. Mas vc é pura!

Ah, a lasanha que vamos comer.
Eu preferia uma galinha caipira
Comprada no site das galinhas
Azuis ocre sem alergia que espirra.

O último verso foi forçado
Para rimar a linha que faltava
Entre tuas pernas ainda abertas,
in Natura.

Vou te comer. Como um lobo,
Como comida a quilo, quatrocentos
e sententa gramas.
Trezentas e sedentas alianças.

Ah, vai te lavar, não vai te lavar
Vou te levar para a cama
Vou comer o teu desejo
Te lavar com a minha lama.