March 21, 2010

Topologias paraconsistentes


O arco da promessa está permanentemente tenso. Promessas e indagações cercam, por todos os lados, ângulos e ruelas, o destino humano. A poesia, pode-se arriscar, é a força que mantém esse arco tenso. O arco e a lira de Artemis, Diana, Heráclito e Octavio Paz lançam dardos e poesias para todos aqueles tocados por esses sonhos e essas promessas. O arco é um link e a promessa é um texto hipermidiático, ambos, plenos de palavras, imagens, sons e objetos tridimensionais, habitando topologias paraconsistentes. Sentidos, como placas de trânsito, apontam galáxias e mundos desconhecidos. Conversas apuradas e palavras afiadas brilham no fundo dessas telas, desses topos, dessas esperanças. Para além do Facebook, existem lugares inóspitos, sonhos fugazes e loucuras inimaginadas. O envelhecimento nunca é precoce para quem não tem pressa, urgência de viver. A Universidade, as Academias procuram respirar pelos poros que ainda lhes restam e abrem suas portas e janelas aceitando seivas que brotam em recantos guardados. É preciso respirar, é preciso navegar ainda que os departamentos, os corredores e os burocratas pretendam asfixiar totalmente os sonhos e as esperanças. Ainda que pretendam, mesmo docemente, matar as fantasias que insistem em permanecer.